sábado, 21 de maio de 2016

Ora-pro-nóbis




A planta que contém 25% de proteína.




      Ela pode ser usada como cerca viva, ornamentação ou alimento. Mas uma coisa é fato: a ora-pro-nóbis vem conquistando cada dia mais as pessoas. Em especial, os veganos.
      A planta é originária do continente americano e seu nome científico é Pereskia aculeata.
      Do latim, seu nome significa “rogai por nós”, e segundo tradições, esse nome foi dado por algumas pessoas que a colhiam no quintal de um padre enquanto ele rezava em latim.
      É encontrada em abundância na região Sudeste do Brasil e muito usada na culinária.
      Seu cultivo é fácil e seu valor nutricional muito alto. Adapta-se facilmente a diversos tipos de solo e climas. Ela pertence à família das cactáceas. Na idade adulta, sua estrutura em forma de arbusto torna-se uma excelente cerca viva, tanto para ser usada como quebra-vento quanto como barreira contra predadores. A existência de espinhos pontiagudos nos ramos inibe o avanço dos invasores.
      Sua floração ocorre por apenas um dia, podendo ocorrer de janeiro a abril com flores pequenas e perfumadas de coloração branca. A produção de seus frutos ocorre de junho a julho apenas, e são amarelos e redondos. A generosa e bela floração é um ornamento ao ambiente, ideal para decoração natural de propriedades rurais, como chácaras, sítios e fazendas. Suas propriedades já são bastante conhecidas justamente pelas pessoas que vivem nas zonas rurais, e a cultivam em seu quintal como remédio e alimento. Foi a partir desse conhecimento popular que a Ora-pro-nobis passou a chegar às grandes cidades, ainda de forma bastante tímida.



Benefícios da Ora-pro-nóbis:
Seu alto teor de fibras ajuda no processo digestivo e intestinal, promovendo saciedade, facilitando o fluxo alimentar pelo interior das paredes intestinais, além de ajudar a recompor toda a flora intestinal. Isso evita os estados de constipação, prisão de ventre, formação de pólipos, hemorroidas e até tumores
• O chá, feito a partir de suas folhas, tem excelente função depurativa, sendo indicado para processos inflamatórios, como cistite e úlceras
• Esse poder depurativo associado ao chá também está ligado ao tratamento e prevenção de varizes
• Pessoas com anemia deverão passar a utilizá-la com mais frequência, pois os índices de ferro são essenciais para o tratamento desse quadro
• A alta concentração de vitamina C ajudará a fortalecer o sistema imunológico, evitando uma série de doenças oportunistas
• Ótima para a pele, devido à presença de vitamina A (retinol) em grande quantidade
• O retinol também é fundamental para manter a integridade da visão em dia
• As grávidas deveriam consumir a planta nesse período, pois ela é rica em ácido fólico, essencial para evitar problemas para o bebê
• Mantém ossos e dentes fortalecidos, pela boa quantidade de cálcio



      É uma planta com alto teor de proteína (aproximadamente 25% de sua composição), e é justamente por isso que é tão querida pelos veganos. Entre seus aminoácidos, temos a lisina e o triptofano em maior quantidade.
      Seu elevado teor de vitamina C supera a laranja em 4 vezes. Além de minerais e vitaminas, também é rica em fibras.
      Também é muito utilizada para aliviar processos inflamatórios e na recuperação da pele queimada.
      Estudos realizados na Universidade Federal de Lavras constataram que os princípios da planta podem ajudar na prevenção de doenças como varizes, câncer de colon, hemorroidas, tumores intestinais e diabetes, além de diminuir o nível de colesterol ruim, tratar furúnculos e sífilis.
       Algo muito interessante é que in natura ou misturada na ração, animais também aproveitam os benefícios das folhas da ora-pro-nóbis.
      A parte comestível da planta são suas folhas. Seu preparo é extremamente simples, como qualquer verdura que adquirimos. Obviamente, devemos lavá-las bem. É preciso que se utilize uma grande quantidade, pois, após o preparo, seu volume se reduz bastante.
      Seu sabor é neutro, ou seja, não é picante, nem ácido, nem amargo. Tem uma textura macia, fácil de mastigar. Ela poderá fazer parte de recheios, saladas, refogados, sopas, e onde mais sua imaginação de culinarista permitir.
      É possível seu cultivo em ambiente doméstico, uma vez que pega bem em qualquer tipo de solo, não exige cuidados específicos, se propaga com facilidade.


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Brinca Yoga

A Vivência de BrincaYoga é uma atividade para o público infantil e para toda família.
Através das brincadeiras corporais e da música aprendemos as técnicas e os valores do yoga.
É uma pratica das posturas da yoga, que imitam os animais e os elementos da natureza, com técnicas lúdicas de respiração consciente, relaxamento e meditação.

A BrincaYoga desenvolve a identidade, estimula a expressão corporal, as habilidades psicomotoras e a concentração das crianças.
Busca a união e o auto-conhecimento. Fortalece os vínculos os familiares com varias propostas em dupla.

O trabalho em roda com músicas, brincadeiras e desafios corporais favorece a comunicação positiva permitindo que a filosofia e os valores da prática do yoga surjam naturalmente no grupo. Principalmente porque a RODA possibilita a experiência de pertencer ao grupo, se unir a ele, se expressar na roda, seguindo a sintonia e o tempo do grupo.
Por: 

Renata Von Poser

Educadora, professora de yoga, brincayoga e gingayoga. Promove mensalmente as Vivências de BrincaYoga para crianças e famílias. Formação em yoga na Internacional Sivananda Yoga Vedanta Centers, Canadá. Formação pela Rainbow Kids Yoga. Bacharel em Comunicação Social e Mestre em Educação Social pela Universidade de Sevilha, Espanha.




quarta-feira, 11 de maio de 2016

Série: Fortalecimento dos Músculos das Costas

Sequência preparatória para a Postura do Arco



Dhanurasana a Postura do Arco
Dhanu = Arco,  Asana = Postura

As mãos são usadas como um arco para puxar a cabeça, o tronco e as pernas para cima, e a postura assemelha-se a um arco tensionado.

Técnica:
  • De bruços no chão, com o rosto para baixo.
  • Exalando, flexione os joelhos e estique os braços para trás, segurando nos tornozelos.
  • Empurre as pernas para o alto, tirando o quadril e o peito do chão.
  • O peso do corpo é sustentado pelo abdômen.
  • Permaneça na posição enquanto for confortável.
  • Exalando, retorne o corpo no chão e relaxe.


Sequência preparatória:



  
Devemos observar que para cada movimento há uma sigla que representa 
Inspirar (IN) ou Exalar (EX).

Repetição:
3 vezes cada movimento
Permanecer enquanto for confortável.

Benefícios:

Esta asana recupera a elasticidade da coluna e tonifica os órgãos abdominais.
As pessoas que sofrem de deslocamento de disco podem se beneficiar desta asana, sem serem submetidas ao repouso forçado e tratamento cirúrgico.


Namastê!





Fonte:

Mohan, A. G. A terapia do Yoga: um guia para o uso terapêutico do yoga e do ayurveda para a saúde e a aptidão física. São Paulo: Pensamento, 2006.

Iyengar, B. K. S. a Luz da Ioga: Uma edição concisa do clássico Light on Yoga. 10º Edição. São Paulo: Cultrix: 2008.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Compostagem!


Você sabe como ela funciona?





Orgânicos: definição, composto e como fazer a compostagem


SUA HISTÓRIA...


A matéria orgânica é definida biologicamente como matéria de origem animal ou vegetal e geologicamente como compostos de origem orgânica, encontrados sob a superfície do solo. Os papéis, que são feitos com fibra vegetal, também são considerados matéria orgânica, porém, trataremos dele separadamente.


Falaremos aqui do aproveitamento de restos de comida (cascas de frutas e verduras, folhas, talo, etc) para a fertilização do solo, num processo conhecido como COMPOSTAGEM.
COMPOSTAGEM: A RECICLAGEM NA NATUREZA


A compostagem é um processo de transformação que pode ser executado com parte do nosso lixo doméstico resultando em um excelente adubo para ser utilizado em hortas, vasos de plantas, jardins ou algum terreno que você tenha disponível. Este é um dos métodos mais antigos de reciclagem onde imitamos os processos da natureza para melhorarmos a terra.


O conceito de resíduo na natureza passou a existir com a sua excessiva geração aliada à crescente produção e uso de materiais sintéticos que não se degradam facilmente , além da utilização de substâncias químicas perigosas, como tintas, solventes e metais pesados utilizados em baterias, entre outras (FIGUEIREDO, 1995).


Dos resíduos gerados no estado do Rio de Janeiro, cerca de 52% são orgânicos, contra 44% de recicláveis e 4% de rejeitos. Em 20 anos a porcentagem de lixo orgânico aumentou 16%. (COMLURB, 2001). É importante ressaltar que nem todos os 52% podem ser compostados. Devido à falta de separação prévia na fonte geradora (residências, restaurantes e outros) existem resíduos orgânicos que não são compostáveis misturados aos que são. Além disso, elementos químicos perigosos ao meio ambiente e à saúde contaminam o composto e comprometem a sua qualidade. Segundo estudos feitos na Usina de Compostagem de Irajá, no Rio de Janeiro, existe cerca de 5% de metais pesados por Kg de composto (AZEVEDO et all, 2003). Esse elevado percentual de metal pesado e de material orgânico não compostável em nosso lixo retrata o baixo percentual de resíduo orgânico que é transformado em composto, não só no Brasil, com somente 1%, mas em países que já fazem a separação prévia de seus materiais, como a Alemanha cujo índice chega a 5%. (BALERINI, 2000).

O QUE É COMPOSTO E COMPOSTAGEM?


O composto é um material escuro usado como um tipo de adubo também chamado de terra preta ou húmus.

Compostagem é o processo de decomposição biológica da matéria orgânica contida em resíduos animais ou vegetais. É feita por muitas espécies de microorganismos e animais invertebrados que em presença de umidade e oxigênio, se alimentam dessa matéria e propiciam que seus elementos químicos e nutrientes voltem à terra. Essa decomposição envolve processos físicos e químicos que ocorrem em matas, parques e quintais. Os processos físicos são realizados por invertebrados como ácaros, centopéias, besouros, minhocas, lesmas e caracóis que transformam os resíduos em pequenas partículas. Já os processos químicos, incluem a ação de bactérias, fungos e alguns protozoários que degradam os resíduos em partículas menores, dióxido de carbono e água.

Essa técnica vem sendo utilizada há mais de cinco mil anos pelos chineses (FREIRE, 2003) e é uma prática utilizada em propriedades rurais.



O QUE PODE E O QUE NÃO PODE SER COMPOSTADO:



Materiais que PODEM ser compostados:

  • Elementos verdes: Restos e cascas de frutas, legumes e verdurasSaquinho de chá
  • Bagaço de cana
  • Restos ou migalhas de pães ou biscoitos
  • Esterco de galinha, gado ou cavalo (animais herbívoros)
  • Pó de café inclusive o coador de papel
  • Restos de grãos ou farinhas crus
  • Fezes e urina humana e de animais domésticos
  • Saquinho e conteúdo do aspirador
  • Elementos castanhos: Aparas de ervas, raízes ou capim seco. 
  • Restos de podas e jardinagem
  • Cascas de árvores
  • Arbustos e árvores
  • Grama seca
  • Folhas secas
  • Serragem
  • Sementes


    Materiais que NÃO podem ser compostados:


    • Produtos químicos em geral
    • Papel colorido
    • Remédios
    • Pilhas e baterias
    • Madeira tratada com pesticida ou verniz
    • Vidro, metal, papel, plástico e couro
    • Tinta
    • Poda de ervas invasoras e vegetais doentes
    • Gorduras, óleos ou graxa
    • Leite e seus derivados
    • Alimentos cozidos e salgados
    • Ossos
    • Restos de carne vermelha ou branca
    • Cebolas doentes


    CUIDADOS:


    Os materiais que não devem ser compostados podem atrair ratos, baratas e moscas além de possivelmente hospedarem patógenos humanos que sobrevivem ao processo de compostagem;
    Óleos e gorduras podem impermeabilizar o composto atrapalhando a sua degradação;
    Espere seu composto ficar pronto, quando inacabado ele retira nutrientes do solo para terminar seu processo de decomposição. Além disso, contém substâncias nocivas às plantas mais sensíveis.
    FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DA MATÉRIA:



    RELAÇÃO ENTRE CARBONO E NITROGÊNIO:


    Estes elementos são necessários para o crescimento dos micro-organismos e a melhor proporção está em torno de 25 a 30 partes de carbono para uma parte de nitrogênio. O monte deve ter maior quantidade de material rijo e fibroso, como palhas, folhas secas e pedaços de madeira, que se decompõe lentamente. Com uma relação muito maior que a recomendada a decomposição será muito lenta e se for muito inferior – montes com muito resto de cozinha, poda de jardim e esterco por exemplo – tornará o processo muito rápido e liberará o excesso de nitrogênio em forma de gás amônia, provocando cheiro ruim.


    OXIGÊNIO:


    O oxigênio é fundamental para os microorganismos degradantes, daí a necessidade de se manter a aeração do composto, seja através de material estruturante (gravetos, sabugos de milho, cavacos de madeira) ou fazendo o revolvimento periódico do monte.


    UMIDADE:


    A umidade é importante, pois a água dissolve os nutrientes orgânicos e inorgânicos presentes, tornando-os disponíveis para utilização pelos organismos do solo. A medida ideal é de 50% de umidade, correspondendo a um punhado que, quando espremido na mão, algumas gotas escorrem por entre os dedos. Acima desse nível diminui a velocidade de decomposição, que passa a funcionar como uma degradação anaeróbica – gerando cheiro ruim e atraindo moscas; abaixo dele, há uma diminuição na atividade metabólica dos microorganismos que ficarão dormentes ou morrerão.


    CALOR:


    O aumento da temperatura no monte é indicativo da atividade microbiana, pois o seu metabolismo gera calor. Se a temperatura variar entre 35 oC e 60 oC serão eliminadas as sementes de ervas daninhas, larvas de insetos e alguns patógenos humanos que podem estar presentes no material a ser compostado. Temperaturas maiores limitam a atividade microbiana, sendo que acima de 70 oC são letais para muitos microorganismos do solo.



    CAIXINHA: QUANDO O COMPOSTO ESTÁ PRONTO!


    O composto estará pronto para ser usado quando apresentar as seguintes características:

    Coloração preta ou marrom café;
    Consistência granulada, homogênea e sem distinção de restos;
    Cheiro agradável de terra;
    Temperatura ambiente mesmo se for revolvido;
    Volume reduzido à metade ou a um terço do original.



    O PASSO A PASSO DA COMPOSTAGEM:


    Escolha um lugar sombreado, de fácil acesso e preferencialmente sobre a terra, de modo a manter contato mais íntimo com a vida do solo;
    Reduza o tamanho do material, picando ou rasgando;
    Coloque primeiro o material graúdo (o mais adequado é o de poda de árvores e cercas vivas, devidamente picado) até uma altura de 20 cm;
    Acrescente outros resíduos de jardim e de cozinha, evitando porém, a formação de camadas nitidamente diferenciadas de um único tipo de material;
    Mantenha o material solto e fofo;
    Depois de colocar o material, recubra com uma camada de grama, palha, folhas de bananeira, de palmeira ou folhagem para protegê-lo tanto do ressecamento quanto de chuvas fortes, conservando-lhe a umidade e o calor;
    Molhe sempre que necessário para manter a umidade, mas lembre-se que não deve ficar muito úmido;
    Avalie a temperatura usando um termômetro de haste longa, uma barra de ferro ou colocando a mão no interior do monte. Se for possível suportar o calor da barra ou do composto, a temperatura está boa, mas se é praticamente impossível segurar a barra ou manter a mão no monte, é preciso resfriá-la.



    MÉTODOS DE COMPOSTAGEM.

    LEIRAS:


    A leira é um monte em formato de pirâmide que não deve ultrapassar 1,5m de altura. Pode ter até 2m de largura na base e 5m de comprimento, sem no entanto ser muito menor do que isso. Segundo Eigenheer, é a forma mais simples e barata de se produzir composto de boa qualidade sendo que seu processo de maturação e cura pode durar de três meses a dois anos, dependendo do material, com temperatura equivalente à do meio ambiente.


    No caso específico das leiras, existem algumas dicas para sua construção:

    À medida que se eleva, a leira deve ir diminuindo em sua largura, tomando a forma de uma tenda, em cujas paredes a água da chuva poderá escorrer;
    Revire a leira, de 3 em 3 dias durante 15 dias (nesse período a temperatura pode chegar a 70°C), depois de 2 em 2 semanas do 16º dia até o quarto mês e por fim, uma vez no 5º e outra no 6º mês.


    DICAS IMPORTANTES:


    – Após alguns dias, observar se o núcleo da leira está aquecido, caso contrário ela pode estar muito molhada ou seca, compactada demais ou muito pequena;

    – Jamais revolva a leira enquanto estiver muito aquecida e ao mesmo tempo exalando cheiro ácido.


    COMPOSTEIRAS:


    A composteira é um reservatório que pode ter diferentes formas: barril, tonel ou algum recipiente confeccionado de tijolo, de madeira, tela de arame, etc. Este reservatório geralmente é aberto no fundo e pode ser tampado em cima para proteger o composto do excesso de chuva (umidade). As composteiras são utilizadas em caso de pouco espaço disponível ou quando a quantidade de material é insuficiente para a formação de uma leira. As composteiras podem ser de diversos tamanhos e formas, mas o importante é que permitam a circulação de ar e comportem um volume de resíduos não inferior a um metro cúbico.


    Existem algumas experiências realizadas em áreas cimentadas, mas recomenda-se certo cuidado pois pode haver produção de chorume provocando cheiro ruim e atração de insetos e roedores. Segundo Ana Branco (PUC-RIO), o importante é equilibrar a quantidade de matéria seca com a umidade dos resíduos, o que evita a produção de chorume.


    DIFICULDADES MAIS COMUNS NOS CASOS DE LEIRA E COMPOSTEIRA:

    • Exemplos: Cheiro ruim
    • Motivos: Falta de oxigênio devido à compactação
    • Soluções: Revolver
    • Falta de oxigênio devido ao excesso de água: 
    • Adicione palha, folhas ou serragem (ricos em carbono)
    • Se o cheiro for de amônia, cor branco-acinzentada, falta de água e presença de fungos: 
    • Revolver e umedecer
    • O composto não aquece
    • Falta de nitrogênio ou de microorganismos
    • Adicione podas frescas de grama, esterco fresco ou restos de verdura
    • Pouca umidade
    • Adicione água ao revolver
    • O monte precisa ser revolvido
    • Levar o material das bordas para o centro
    • Pode estar pronto
    • Verifique a maturidade do composto
    • O composto está muito quente (acima de 70º)
    • Monte muito grande
    • Reduza o tamanho
    • Excesso de umidade
    • Excesso de água
    • Evitar a incidência de água ou materiais muito úmidos

    ATERRAMENTO:


    O aterramento consiste em abrir um buraco de no máximo 30cm de profundidade no solo sendo uma prática comum em áreas onde não há recolhimento de lixo. Nesse método, recomenda-se o recobrimento com camadas finas de terra retiradas da própria escavação para evitar a atração de moscas e outros animais. É um processo mais lento do que os anteriores e o material não precisa ser revolvido.


    IMPORTÂNCIA DA COMPOSTAGEM:

    • Reduz a quantidade de lixo nos depósitos;
    • Enriquece a terra em nutrientes para as plantas;
    • Evita as queimadas que poluem o ar e incomodam a vizinhança;
    • Auxilia na agregação do solo melhorando a sua estrutura;
    • Ajuda na aeração e na habilidade de reter água e nutrientes, e soltá-los lentamente para uso das plantas ao seu redor;
    • Melhora a drenagem nos solos argilosos e a retenção da água nos solos arenosos;
    • Reduz a necessidade de usar herbicidas e pesticidas.



    Referências bibliográficas:


    AZEVEDO, J. et al.
    Acesso em 23/06/03.

    BALERINI, C. Saneamento:
    Acesso em 20/06/03.

    BORGES, Eduardo.
    Acesso em 14/06/2003.

    BRANCO, A. (PUC-RIO)
    anamariabranco@terra.com.br ou site

    CEMPRE.
    Compostagem – a outra metade da reciclagem. Cadernos de reciclagem n. 6, 1997.

    COMLURB. Análise Gravimétrica. Disponível em: . Acesso em 12/06/03

    EIGENHEER, E.
    Como preservar a terra sem sair do quintal – Manual de Compostagem. Centro de Informações sobre Resíduos Sólidos, Niterói. 1996.

    FIGUEIREDO, P.J.M.
    A sociedade do lixo: os resíduos,a questão energética e a crise ambiental. 2 ed. Piracicaba: Editora Unicamp, 1995

    BORGES, E.
    Acesso em 24/06/03

    FREITAS, A. 
    Acesso em 15/04/03.

    ROULAC, J. W. Backyard
    composting – Recycling Yard Clippings. England: Harmonious Press, 1992.

    Saiba mais:




    Fonte: http://www.ecycle.com.br/ 




    quinta-feira, 5 de maio de 2016

    O que é Yoga?




    Por: Pedro Kupfer

    Algumas pessoas definem o Yoga como arte ou ciência. Outras, como exercício ou técnica. Outras, como doutrina ou religião. Há gente que pensa que o Yoga seja um estilo de vida ou uma cultura. Porém, originalmente, o Yoga nasceu como uma visão muito especial sobre o ser humano e seu papel na ordem das coisas, que incluia um caminho prático para o crescimento pessoal. Um caminho que conduz o ser humano à compreensão de si mesmo.
    Uma das possíveis traduções da palavra Yoga que figuram no dicionário sânscrito é união, mas Yoga igualmente significa aplicação. Ou seja, o Yoga seria o meio e o fim ao mesmo tempo. Jaideva Siṅgh, no comentário doVijñānabhairava (p. XIII), um antigo texto tántrico, afirma:
    A palavra Yoga é usada tanto no sentido de união (com o Divino) como no de veículo (upāya) para essa união. [...] Desafortunadamente, nenhuma palavra foi tão profanada nos tempo modernos como a palavra Yoga. Andar sobre o fogo, tomar ácido lisérgico, parar o batimento cardíaco, etc. se consideram Yoga quando, a bem da verdade, não têm nada a ver com ele. Mesmo os poderes psíquicos [siddhis] não são Yoga. Yoga é consciência; transformação da consciência humana em consciência divina.
    Assim, podemos considerar que o Yoga seja um meio e um fim ao mesmo tempo. Tudo o que fazemos na vida são meios para obter coisas. O que fazemos agora é um fim em relação a outra coisa, que por sua vez será um meio para realizar uma terceira, e assim sucessivamente. Porém, deve haver alguma coisa que seja apenas um fim em si mesmo, um fim último, que não sirva como meio para mais nada. Cabe lembrar igualmente que não existem fins separados dos seus meios. Para o yogi, a liberdade é esse objetivo supremo.
    Em sânscrito, liberdade se diz mokṣa. Concretamente, mokṣa é libertar-se de condicionamentos e crenças, obstáculos para o crescimento, a plenitude e a realização da própria felicidade. Ensina a BhagavadgītāYogaśkarmaśu kauśalam (“Yoga é perfeição na ação”). Essa é uma visão tão ampla como simples da prática: qualquer ato pode fazer-se como  prática yogika, contínua e constante.
    Mas aqui temos um paradoxo: o que significa perfeição? A perfeição na ação não deve tomada no sentido de fazer uma ação “perfeita” na execução dos seus detalhes (por essa conta, um ladrão hábil poderia ser considerado um yogi), mas em fazer fluir as próprias ações em harmonia com o dharma, o bem comum, reconhecendo que nosso privilégio é escolher como, quando e onde agir, mas não tentar controlar ou escolher os resultados das nossas ações.
    Noutras palavras, perfeição significa viver consciente. Ao mesmo tempo, deve tomar-se o cuidado de não deixar que a busca dessa perfeição se transforme em uma obsessão. O grande sábio Patañjali explica o mesmo com outras palavras no Yogasūtra, II:26: “Discernimento constante é o meio para destruir a ignorância”. A ignorância sobre nós mesmos é a causa de todas as formas de sofrimento e aflição.
    Por outro lado, o Yoga não fica no plano das ideias nem se restringe unicamente a uma série de exercícios feitos na sala de prática. Com isso em mente, podemos dizer que praticar o Yoga é como participar de um jogo: conhecendo as regras, jogamos por amor, relaxados, para conviver, apoiar e crescer junto àqueles que amamos.
    Mesmo se você não tivermos nenhuma experiência com os detalhes técnicos dos exercícios do Yoga, lembremos que nossas atividades diárias, como trabalhar, criar os filhos ou estudar, podem ser vistas como prática. É por isso que o Yoga é um jogo, cuja única regra é permanecer totalmente consciente o tempo todo, de cada ato, a cada momento.
    Talvez possamos achar que o Yoga é algo separado de nós mesmos ou do nosso dia-a-dia. Algo que fazemos em algum momento e deixamos de fazer no momento seguinte, como ir às compras ou falar ao telefone. O Yoga é para ser vivido, de maneira atenta e equânime. Esse viver consciente, essa atentividade constante é a essência da prática e ao mesmo tempo o fruto do amadurecimento emocional, que é um processo gradual.
    Por isso, não convém dizer “eu faço Yoga”, pois, em verdade, nós não fazemos Yoga. Ele já está feito! Entramos em Yoga (união) em certos momentos, através das atitudes equânimes. Isso tem a ver com o viver, com estar plenamente cientes do momento presente, com o ar que entra pelas nossas narinas enquanto lemos isto. Se não formos usar o Yoga como ferramenta para o crescimento, não faz muito sentido querer estudar sobre ele. Isso equivaleria a contentar-se com ver uma foto da praia, ao invés de ir pessoalmente dar um mergulho nela.
    O Yoga é para todos. Não é apenas para pessoas sadias ou doentes, jovens ou velhas. É para seres humanos, e não consiste em substituir o sistema de valores ou mitologias do mundo ocidental por outro exótico, não é escapismo ou uma resposta desesperada ao vazio que a sociedade oferece.
    A partir da definição que Patañjali dá no Yogasūtra, II:2 “Yoga é a supressão da [identificação com] as modificações da psiquê”, vemos que a prática começa numa sede profunda por transcender os condicionamentos; vemos a necessidade de desenvolver as potencialidades humanas e realizar aquela que é a mais alta aspiração humana: ousar viver a plenitude e a felicidade.
    O método pelo qual o Yoga pretende atingir esse objetivo é a reflexão para a autocompreensão e o encontro do nosso lugar na ordem maior. Nesse contexto, a prática de āsanasprāṇāyāmas e meditações busca reavaliar valores e paradigmas, libertar o corpo vital das inevitáveis couraças que fomos criando ao longo do tempo e polir o espelho do coração para que as emoções possam refletir a plenitude.
    Múltiplo em suas diferentes correntes e manifestações, o Yoga foi sempre fiel a um modo de ver o homem e de serví-lo: após a disciplina e a paciência exigidas pela prática, sente-se a calidez da sua solicitude carinhosa por todos e respeito por toda a criação. Seu caminho é radical mas acessível a todos e nos leva ao reconhecimento de que já somos a felicidade que estávamos buscando. Boas práticas. Namaste!