terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ásanas: diretrizes gerais para montar uma prática eficaz e segura.



Parte 1: Traçando Objetivos






1.    Clareza a respeito dos atributos que precisa desenvolver.
Segundo Mohan (2006), é interessante desenvolver uma percepção a respeito do ponto de partida e um objetivo claro e realista de onde quer chegar. Por exemplo, para alguns pode ser a necessidade de desenvolver força, para outros pode ser a necessidade de desenvolver flexibilidade ou ainda, corrigir algum distúrbio estrutural. Logo, a primeira coisa a fazer é observar e avaliar.

2.    Como desenvolver tais atributos através da prática de asanas.
Ao conseguir identificar as metas, é necessário traçar os objetivos. É aqui que vamos estruturar a sequência de posturas numa ordem coerente, progressiva e equilibrada, a curto, médio e longo prazo.
“Um exemplo, é uma pessoa que sofre de dor nas costas. O seu objetivo pode ser desenvolver a flexibilidade dos músculos dorsais e sua meta é praticar a pascimatanasana. Dessa forma o praticante deve desenvolver sua flexibilidade de maneira gradativa, conhecer os principais movimentos e as respectivas respirações, incorporando-os a inúmeras sequências por algum tempo, de modo que se desenvolva esta flexibilidade gradativamente” (Mohan, 2006 p.83).
Caso contrário, a prática se torna dolorosa e ineficaz, podendo aumentar a sensação de desconforto ao invés de aliviá-la.
Outro exemplo é o seguinte:
Se você tem quadris excessivamente flexíveis, não tem porque aumentar a flexibilidade nessa região. Nesse caso, desenvolver a força pode ser a meta mais importante.
3.     Estudando anatomia e fisiologia...
Para que se estabeleça uma prática segura de Ásanas é necessário ter um conhecimento da estrutura anatômica e fisiológica do organismo e como a funcionalidade dessas estruturas em seus contextos podem ser aplicadas ao yoga. Este conhecimento pode otimizar as posturas, removendo bloqueios e prevenindo lesões ocasionais. (Long, 2010 p. 7)


Parte 2: Estruturando a sequência de Ásanas: aspectos que devem ser levados em consideração.

1.     Compensação:
Cada postura deve preceder uma outra que irá contrabalancear aquele movimento. Por exemplo,                                        

Logo abaixo, na imagem 1 está Salabasana, (postura do gafanhoto) onde percebe-se uma contração dos músculos eretores da coluna, combinado ao torque dos chamados músculos globais que atuam no tronco e na coluna, sem necessariamente estarem ligados a ela, são eles: o reto abdominal, o oblíquo externo e a parte torácica do iliocostal lombar. Durante o Salabasana trabalha-se a estabilização desses músculos através da contração.




(1)




Já na postura de número 2, Pascimotanasana (postura da pinça), há dois tipos de alongamento muito utilizados no yoga, visando o relaxamento muscular. (Long, 2010)

Alongamento Estático Ativo: Músculos posteriores da coxa são contraídos durante o alongamento. Ocorre o relaxamento através da chamada "inibição recíproca" em que o sistema nervoso central sinaliza para o músculo alvo que ele relaxe.

Alongamento Estático Passivo: Somente o peso corporal é utilizado para relaxar e, consequentemente, alongar a musculatura posterior através desse relaxamento, neste caso, especificamente, os eretores da coluna.



  
                                                                                    (2)




Continua...


Boas práticas!!!






Bibliografia:
Mohan, A.G. & Mohan, Indra. A terapia do yoga: um guia para o uso terapeutico do yogae do ayurveda para a saúde e aptidão física. São Paulo: Pensamento, 2006.

Long, Ray. Os músculos chaves do yoga: seu guia de anatomia funcional do yoga. São Paulo: Traço editora, 2010.

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