Parte 1: Traçando Objetivos
1. Clareza a respeito dos atributos que precisa desenvolver.
Segundo
Mohan (2006), é interessante desenvolver uma percepção a respeito do ponto de partida
e um objetivo claro e realista de onde quer chegar. Por exemplo, para alguns
pode ser a necessidade de desenvolver força, para outros pode ser a necessidade
de desenvolver flexibilidade ou ainda, corrigir algum distúrbio estrutural.
Logo, a primeira coisa a fazer é observar e avaliar.
2. Como
desenvolver tais atributos através da prática de asanas.
Ao
conseguir identificar as metas, é necessário traçar os objetivos. É aqui que
vamos estruturar a sequência de posturas numa ordem coerente, progressiva e
equilibrada, a curto, médio e longo prazo.
“Um
exemplo, é uma pessoa que sofre de dor nas costas. O seu objetivo pode ser
desenvolver a flexibilidade dos músculos dorsais e sua meta é praticar a pascimatanasana.
Dessa forma o praticante deve desenvolver sua flexibilidade de maneira
gradativa, conhecer os principais movimentos e as respectivas respirações,
incorporando-os a inúmeras sequências por algum tempo, de modo que se
desenvolva esta flexibilidade gradativamente” (Mohan, 2006 p.83).
Caso
contrário, a prática se torna dolorosa e ineficaz, podendo aumentar a sensação
de desconforto ao invés de aliviá-la.
Outro
exemplo é o seguinte:
Se
você tem quadris excessivamente flexíveis, não tem porque aumentar a
flexibilidade nessa região. Nesse caso, desenvolver a força pode ser a meta
mais importante.
3. Estudando anatomia e fisiologia...
Para
que se estabeleça uma prática segura de Ásanas é necessário ter um conhecimento
da estrutura anatômica e fisiológica do organismo e como a funcionalidade
dessas estruturas em seus contextos podem ser aplicadas ao yoga. Este
conhecimento pode otimizar as posturas, removendo bloqueios e prevenindo lesões
ocasionais. (Long, 2010 p. 7)
Parte 2: Estruturando a sequência de Ásanas: aspectos que devem
ser levados em consideração.
1. Compensação:
Cada
postura deve preceder uma outra que irá contrabalancear aquele movimento. Por
exemplo,
Logo
abaixo, na imagem 1 está Salabasana, (postura do gafanhoto) onde
percebe-se uma contração dos músculos eretores da coluna, combinado ao
torque dos chamados músculos globais que atuam no tronco e na coluna, sem
necessariamente estarem ligados a ela, são eles: o reto abdominal, o oblíquo
externo e a parte torácica do iliocostal lombar. Durante o Salabasana trabalha-se a estabilização desses músculos através da
contração.
Já
na postura de número 2, Pascimotanasana (postura da pinça),
há dois tipos de alongamento muito utilizados no yoga, visando o relaxamento
muscular. (Long, 2010)
Alongamento Estático Ativo: Músculos posteriores da coxa são contraídos durante
o alongamento. Ocorre o relaxamento através da chamada "inibição
recíproca" em que o sistema nervoso central sinaliza para o músculo
alvo que ele relaxe.
Alongamento Estático Passivo: Somente o peso corporal é utilizado para relaxar e,
consequentemente, alongar a musculatura posterior através desse relaxamento, neste
caso, especificamente, os eretores da coluna.
(2)
Continua...
Boas práticas!!!
Bibliografia:
Mohan, A.G. &
Mohan, Indra. A terapia do yoga: um guia para o uso terapeutico do yogae do
ayurveda para a saúde e aptidão física. São Paulo: Pensamento, 2006.
Long, Ray. Os
músculos chaves do yoga: seu guia de anatomia funcional do yoga. São Paulo:
Traço editora, 2010.


